O barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro teve baixa de 1,65%, a US$ 74,08, enquanto o do Brent para o mesmo mês cedeu 1,72%, a US$ 78,50
O petróleo fechou em queda robusta nesta segunda-feira (17), pressionado por indicadores de atividade da China que vieram mais fracos que o esperado. O foco ficou no Produto Interno Bruto (PIB) do 2° trimestre do país asiático, que embora tenha acelerado em relação ao resultado anterior para alta de 6,3%, ficou aquém da expectativa de crescimento de 6,9%. O barril do petróleo WTI (a referência americana) com entrega prevista para setembro teve baixa de 1,65%, a US$ 74,08, enquanto o do Brent (a referência global) para o mesmo mês cedeu 1,72%, a US$ 78,50. Além do PIB chinês, as vendas no varejo do gigante asiático tiveram um fraco ganho anual de 3,1% em junho, bem abaixo dos 12,7% da leitura anterior e 0,1 ponto percentual menor que o esperado. Um número mais positivo veio da produção industrial chinesa, que cresceu 4,4% e superou a expectativa de 3%. A fraqueza dos dados da China tende a piorar a perspectiva para a demanda por petróleo em 2023. Tal leitura pode piorar, à medida que as autoridades do país se mostram relutantes em liberar estímulos amplos à economia. Essa postura foi confirmada com a manutenção dos juros do instrumento de empréstimos de médio prazo (MLF) pelo Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) em 2,65%. A decisão reduziu as expectativas por um corte das taxas básicas do país, as Loan Prime Rates (LPRs), nesta semana. “É provável que a política monetária desempenhe um papel acomodatício ao estímulo fiscal direcionado no segundo semestre, já que apenas o corte dos juros, provavelmente, não aumentará a demanda de crédito do setor privado o suficiente para sustentar a economia”, estima Duncan Wrigley, economista-sênior para China da Pantheon Macroeconomics. O analista espera um corte da taxa de compulsório bancário chinês no terceiro trimestre, de forma a “garantir que os bancos tenham capacidade de empréstimo suficiente para financiar um provável estímulo fiscal direcionado”